DRAMAS DE FAMÍLIA

Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente".

Texto: Lc. 15:11-13

No cap. 15 do Evangelho de Lucas temos a parábola do Filho pródigo contada por Jesus. Nela encontramos a história de um pai que tinha dois filhos.
Num certo dia, o filho mais novo dirigiu-se ao pai e disse-lhe que queria a parte de sua herança antecipadamente. O pai fez como o filho havia pedido e lhe deu a parte dos seus bens.
O jovem foi embora para uma terra distante, onde gastou tudo que recebera do seu pai, de maneira inconsequente.
Sem nada, e vivendo como um indigente, o rapaz começou a pensar, arrependido, em tudo que havia feito ao deixar levianamente a casa de seu pai. E assim, resolveu retornar na esperança de que seu pai o recebesse, pelo menos como um dos seus empregados.
Ao retornar e ao ser recebido pelo pai, confessou: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado seu filho. Aceite-me como um dos seus trabalhadores”. v. 21
O pai o recebeu com alegria e com festa em sua casa!
Apesar disso, o irmão mais velho ao retornar do trabalho, percebendo a festa que o seu pai estava fazendo para o seu irmão, ficou muito irritado, sentindo-se injustiçado com aquela atitude.
Por outro lado, num gesto de amor e grandeza, o pai disse ao filho mais velho: “Meu filho, você está senpre comigo, e tudo o que é meu é seu,.
Mas era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria. Porque esse seu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado”. V. 31-32

Que lições podemos tirar dessa parábola de Jesus?
A princípio, a parábola nos ensina que Deus é o Pai, cujo amor aceita o pecador, embora repudie o pecado. Essa atitude de Deus como Pai, supera a atitude humana quando discrimina o próximo por causa do seu pecado.
Jesus mostra, portanto, que o amor de Deus é maior do que a desgraça que o pecado pode causar ao ser humano.
Mas essa parábola também nos permite perceber os dramas da família do Filho Pródigo, implícitos nessa história:
Inicialmente percebemos:
I – OS DRAMAS DO FILHO MAIS NOVO.
1.      Este sentia necessidade de sair.
Talvez por não aguentar mais a rotina da casa paterna, ou por desejar ter mais liberdade para novas aventuras e paixões, de maneira consumista (veja-se, por exemplo, que ele gastou tido quanto tinha).
2.      Como filhos de Deus, muitas vezes, também já não aguentamos mais a “casa do Pai”.
De um modo geral queremos o máximo de liberdade! E a exemplo do Filho Pródigo também queremos ter novas aventuras e paixões.
E quando agimos assim, em consequência, geralmente perdemos e pagamos caro pelos nossos desmandos.
Experimentamos as dores da fuga, pois gastamos o que temos de maneira inconsequente. Perdemos bens e valores, perdemos família e amigos – gastamos nossos talentos, nossa saúde.
E longe de Deus como Pai, sentimos falta de carinho e atenção, de compreensão e solidariedade.

Em seguida, são evidentes também na parábola:
II – OS DRAMAS DO FILHO MAIS VELHO.
1. Ele se indignou com a atitude do Pai, considerando-o injusto.
Pois depois de tudo que o irmão havia feito de errado ainda o recebeu com festas.
O “filho mais velho” é o exemplo típico de muitos filhos em nosso mundo, cujo comportamento é marcado pela intolerância, pelo acúmulo de más idéias, por interesses mesquinhos e pelo desprezo em relação ao que errou. Muitas vezes também agimos assim com Deus e com os de nossa família.
Podemos até demonstrar que temos uma vida religiosa equilibrada, mas em momentos extremos agimos de maneira interesseira,
Com chantagens emocionais que defende uma religião de trocas, como pretendia o irmão mais velho da parábola, ao pensar em ganhar pelo menos um cabrito como recompensa pela sua fidelidade à casa do pai.

Finalmente a parábola nos permite ver:
III – OS DRAMAS DO PAI.
Dramas como muitas vezes são os dramas dos pais no mundo em que vivemos.
Percebemos aqui um pai inconformado com a saída intempestiva do filho que vai morar numa terra muito distante.
Isso não somente mostra o drama dos pais em geral em situações semelhantes, como e principalmente, o inconformismo de Deus quando nos afastamos dele para ter uma vida rebelde, libertina, irresponsável.
Por isso a parábola diz que o pai estava atento a qualquer sinal de mudança e retorno do filho à sua casa.
Era um pai em expectativa e que, ao perceber que o filho estava regressando de sua aventura e infortúnio, não esperou que ele percorresse todo o caminho de volta e foi ao seu encontro para ajuda-lo a chegar para viver a verdadeira paz.
Deus como Pai, tem o seu coração movido pelo grande amor que tem por nós.
Um amor que perdoa, compreende, que nos recebe como somos e nos garante a alegria da festa da salvação, mesmo sem a merecermos.
Esse exemplo de amor que Deus nos dá, deve servir de exemplo para a nossa via e testemunho, sem o que não haverá paz e vida abundante neste mundo.

Que Deus te ajude a...
Amar a casa do Pai e não abandoná-la como fez o filho mais novo. 
A ser generoso(a) e perdoador(a) com aqueles que erram e não mesquinho(a) e intolerante como o filho mais velho.
Ter o coração movido pelo amor. Amor que perdoa, compreende e aceita as pessoas como são assim como Ele age para conosco.

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